Postado em 8 de setembro de 2019
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A genética não é a única determinante do seu futuro neurológico. Fatores ambientais também importam. E muito!
Evitar a solidão, manter uma rede de interação social, fazer atividade física, responder a desafios diários, ler, aprender coisas novas, afastar a depressão e ansiedade, e ter propósitos de vida podem proteger seu cérebro de doenças Neurodegenerativas. Leiam abaixo o trecho do livro “Cérebro: Uma biografia”, do renomado neurocientista David Eagleman e ressignifiquem suas vidas, para o bem de seus cérebros.

“No início da pesquisa, a equipe esperava descobrir uma ligação clara entre o declínio cognitivo e as três doenças que são as causas mais comuns da demência senil: Alzheimer, derrames e doença de Parkinson. Em vez disso, eles descobriram que ter o tecido cerebral devastado pelo Alzheimer não significa necessariamente ter problemas cognitivos. Algumas pessoas morriam com o cérebro inteiramente tomado pelo Alzheimer sem ter perda cognitiva. O que estava acontecendo? A equipe voltou aos substanciais dados coletados em busca de pistas. Bennett descobriu que fatores psicológicos e vivenciais determinavam se haveria perda da cognição. Especificamente, exercícios cognitivos – isto é, atividades que mantêm o cérebro ativo, como fazer palavras cruzadas, ler, dirigir, aprender novas habilidades e ter responsabilidades– tiveram um caráter protetor. Assim como atividades sociais, redes e interações sociais e atividade física. Por outro lado, eles descobriram que fatores psicológicos negativos como solidão, ansiedade, depressão e tendência a angústia psicológica tinham relação com um declínio cognitivo mais acelerado. Características positivas como ter um caráter consciente, um propósito na vida e se manter ocupado protegiam as pessoas. Os participantes com tecido neural doente, mas sem sintomas cognitivos, formaram o que se conhece como “reserva cognitiva”. Conforme ocorria a degeneração de áreas do tecido cerebral, outras áreas foram bem exercitadas e compensaram ou assumiram essas funções. Quanto mais mantemos nosso cérebro apto do ponto de vista cognitivo, desafiando-o com tarefas difíceis e novas, inclusive a interação social, mais as redes neurais formam novas vias para ir de A para B.”

(from “Cérebro: Uma biografia (Origem) by David Eagleman, Ryta Vinagre)

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