Parkinson - Cartilha com dicas para cuidadores - Download gratuíto
- Andressa Chodur
- há 3 dias
- 2 min de leitura

Este material, desenvolvido por graduandas e terapeutas ocupacionais da UFPR e APPP, incluindo a Dra. Andressa Chodur, oferece orientações práticas para cuidadores de pessoas com Doença de Parkinson (DP). A DP é um distúrbio neurológico frequente, que afeta cerca de 1% da população mundial acima de 65 anos, e se caracteriza por sintomas como tremor, lentidão de movimentos, instabilidade postural e rigidez. A Terapia Ocupacional (TO) busca maximizar a independência e autonomia dos sujeitos com DP, adaptando atividades e ambientes para minimizar o impacto da doença no cotidiano.Orientações Chave para o Cuidado:
Empatia e Paciência: Pratique a empatia, perguntando ao doente o que ele gostaria que fosse feito. A pressa e a tensão emocional exacerbam os sintomas.
Organização e Rotina: Ajude a planejar e organizar a rotina diária, permitindo a realização de tarefas na velocidade possível, sem apressar o paciente.
Prevenção de Quedas: É fundamental retirar fios soltos, tapetes e panos escorregadios, usar materiais antiderrapantes, e escolher sapatos fechados com solado antiderrapante. Mantenha o ambiente bem iluminado e use barras de apoio e corrimões. Escolha sofás, cadeiras e camas mais altas e firmes.
Auxílio em Atividades:
Levantar: Use a técnica da "decolagem," supervisionando o paciente sem puxá-lo pelo braço.
Higiene: Preserve a autonomia no banho e use utensílios com cabo mais grosso ou mais longo para escovação. Prefira sabonetes líquidos e tapetes antiderrapantes no box.
Vestir-se: Incentive a escolha de roupas e prefira peças fáceis de colocar (algodão, folgadas, com elástico ou velcro). Utilize dicas auditivas ou o toque para estimular.
Alimentação: O ambiente deve ser organizado e com poucas distrações. Mantenha a postura alinhada e cotovelos apoiados. Adaptações como talheres com cabo engrossado, com peso ou angulados e copos com tampa antivazamento podem ser úteis.
Estímulos e Comunicação: Utilize estímulos sensoriais de forma cautelosa. Ambientes organizados, com poucos ruídos e cores menos vibrantes favorecem a marcha. Comandos verbais claros podem ajudar em períodos de congelamento ou rigidez. Use o toque para estimular a percepção corporal. Fale devagar, com frases curtas e diretas.
É crucial que o cuidador não faça tudo pelo paciente, permitindo que ele realize tarefas significativas para se sentir útil. O autocuidado do cuidador é essencial para evitar a sobrecarga e o adoecimento.


Comentários