Postado em 26 de março de 2019
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A Terapia Ocupacional tem como principal objetivo de tratamento promover a autonomia e independência de seus pacientes.
Na Doença de Parkinson o Terapeuta Ocupacional atua de forma generalista, reabilitando o parkinsoniano nos seus diversos contextos de vida (AVDs, AIVDs, lazer e trabalho). Para isso se utiliza de avaliações padronizadas, específicas para a Doença de Parkinson, além de avaliações funcionais, cognitivas e de desempenho ocupacional, específicas da profissão. Após identificar as limitações, disfunções e potencialidades do paciente, além dos fatores motivacionais e funcionalidades significativas, o TO planeja seu tratamento a partir de teorias de neuromodulação, aprendizagem motora, controle motor, biomecânica e psicomotricidade, direcionadas através de técnicas de facilitação do movimento, cinesioterapia, reabilitação cognitiva, tecnologia assistiva, ergonomia e gerontotecnologia. 

Ao tratar de doenças neurodegenerativas, que impactam na funcionalidade e qualidade de vida do paciente, devemos trabalhar de forma multidisciplinar, principalmente quando não houver medicação que faça efeito neuroprotetor. Muitas vezes os colegas da área da saúde desconhecem a atuação do Terapeuta Ocupacional ou têm falsos julgamentos devido ao nome da profissão na língua portuguesa. Isso é comum, mas está na hora de mudar, pelo bem dos nossos pacientes.

Os terapeutas Ocupacionais são cientistas da ocupação humana e, através da análise de atividade, proporcionam melhora da funcionalidade e independência. Imagine que você, tem Parkinson e a partir de agora precisa ser alimentado por outra pessoa porque tem os braços muito rígidos ou trêmulos e derruba o alimento. Incômodo, não? Por essa disfunção você procura um T.O.

O T.O. tem o ato privativo da análise de atividade. Além disso o T.O. faz o treino das AVDs (atividades de vida diária, que é tudo o que fazemos para cuidar de nós mesmos) e irá avaliar como o paciente está se alimentando, identificar o motivo da disfunção, treinar os movimentos remanescentes e, caso necessário, adaptar o “mundo do paciente” para que ele se sinta melhor e consiga ter independência, dentro de suas condições.

Acreditamos que diagnóstico não é destino e que enquanto houver disposição, haverá investimento.

O T.O. comemora e valoriza essas tidas como “pequenas” vitórias porque sabe que cada mínimo componente de desempenho faz parte do macro, que é a ocupação humana, a base de tudo o que fazemos enquanto seres produtivos e funcionais, o que nos motiva para acordar a cada dia e seguir em frente na vida diária, no trabalho, no lazer, no social.

Parkinsoniano, independente da sua condição funcional e nível de doença, se você sofre com perda de autonomia e disfunção, se não consegue mais realizar atividades que sempre realizou, do jeito que gostaria, procure um TO.
Quanto antes o tratamento for iniciado, melhores os resultados.

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